sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Com gratidão, do paraíso.


Hoje é um daqueles dias cheios. Cheio de energia, cheio de pequenos e simples momentos, cheio de tarefas adiadas e concretizadas, cheio de amor e gratidão. E ainda não acabou. Acordei cedo e como faço há alguns anos, tomei a minha água morna com limão. Fascinada como sou pela ayurveda,(inicio um curso de terapeuta na área este mês, mais uma ótima notícia e objetivo cumprido), é um dos rituais vespertinos que pratico e que mais me revitaliza. Gostaria de iniciar os meus dias com meditação e yoga mas nem sempre o consigo, aliás, tem sido raro, mas estou a tentar voltar a esta rotina. A água serve desta forma para purificar e alcalinizar o organismo. Organizei a casa e a agenda, fiz um smoothie nutritivo, deliciei-me e fui ver o mar. Foram momentos mágicos com o meu fiel amigo. A nossa energia foi absorvida pelas poucas pessoas que nos rodeavam, na sua maioria estrageiros, turistas deste outono tardio em Portugal. A palete de cores mesclava as tonalidades quentes da estação com a pureza e o espírito selvagem da serra, o mar cor de cristal, a areia torrada pela luz do início de tarde e as pequenas pedras polimorfas, dispersas pela orla e humedecidas pela espuma do vaivém do oceano. Escrevo com um aroma difuso a granola. Escrevo enquanto os olhas brilham e o coração se expande. Parece, como a paisagem que me desenhou momentos de brincadeira, que tudo, aos poucos, se acerta. 














quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Diwali e a luz do recomeço.

Foto retirada da internet

Inúmeros acontecimentos maravilhosos ocorrendo, o início de uma fase auspiciosa e criativa, a reconexão profunda com o Eu ávido e fervilhante, a reflexão deleitosa e apaziguante sobre esta viagem interminável e incontornável. O Diwali dualiza o obscuro e a luz, o coração que se entrega devoto e, de outro lado, a essência que se esfuma na ingratidão e na intransigência, negra e seca como as sombras da alma desencontrada. Como o Rio Ganges que discorre místico, embalado por uma história de amor e imundície, culturalmente rica, colorida e sufocante, deixo-me encantar pela magia deste dia. Não sou hindu, mas o meu coração faz-se de hinduísmo e de ternura. Faz-se de entrega e de paixão. Faz-se de sonhos e de feitos. Faz-se ao de leve, em sintonia com a luz que me segue e me aquece o corpo, quando me dedico e me empenho, em mais um dia, em mais um renascer. O Diwali deste ano é especial, segue a minha caminhada, sinto-o a balbuciar-me palavras de afeto e de paz, hoje sei o quão importante és. Não tenho um Ganges para iluminar e perfumar, tenho, isso sim, toda uma vida para te conhecer e contemplar. Irei adormecer e, certamente, nadarei em ti, rodeada pelas pétalas em ti lançadas, imponente no teu brilho ofuscante, levitarei em flor de lótus, cerrando os olhos, serena, purificando as células e os órgãos, rejuvenescendo. Diwali, que bonito dia para recomeçar!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Desapego.



Tenho o coração cheio. Repleto de energias regeneradoras, que fluem frenéticas num emaranhado de ideias e aspirações. Tenho o coração a transbordar emoção, devoção e gratidão, num gesto efémero e perene de resiliência, finalmente. Os obstáculos sibilam ordens de derrota e eu anseio por me desprender. Desapego. Do ontem e do amanhã. Do pensamento alheio e dos meus medos. Da desconexão e da desorganização. Da sociedade mecânica e da civilização consumista. Levanta os braços em sintonia com as tuas entranhas e respira. Respira solenemente. Deixa que a Mãe Terra deslize pelas células entorpecidas dos teus pés e se funda ao teu Ser. O teu Ser ordeiro e inquietante. Encosta a palma das tuas mãos frágeis ao divino térreo do chão frio. Aquece-lhe a superfície áspera, enquanto sopras ao de leve sobre o ar que te adensa. Sê tu, todos os dias, nesse dia revitalizante, mais um, que te apraz e te saúda destemidamente, enquanto balanças o tronco e te ligas à calidez do piso humedecido pelo esforço da tua prática. Sê audaz, cerra os olhos e deixa o corpo fluir, ir e revir, liberta-te dessa consciência que te prende ao vulgar, segue a tua viagem até ao asana seguinte, segue a viagem da tua mente. Evolui, segue os teus ideais. Respira e tenta outra e outra vez. Não desiste. Não teme. Não. Não te preocupes. Sê feliz, levanta-te e expira. Une as mãos e os pés. Agradece. Samasthiti.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Creme de lentilhas, beterraba e especiarias

            A Francisca, carinhosamente conhecida por Miss Kale, tem um blogue maravilhoso, uma verdadeira inspiração de vida saudável e natural. Os seus artigos são ternura que flui em textos simples mas intensos. Gosto de pessoas assim, que transmitem tanta serenidade e tanta sabedoria entre linhas mescladas de afeto e dedicação.

           A receita que hoje partilho é uma versão mais exótica e aromática. A Índia sempre me fascinou, quer seja pela cultura, pelo hinduismo, pelas cores e sabores, pelo yoga, pela ayurveda, quer seja pela mesma simplicidade e genuidade das suas gentes. Não lhe conheço o seu travo adocicado, picante e quente, mas sinto-lhe o misiticismo de que tanto me narram histórias e sonhos. Em outra vida qualquer, devo ter-lhe pertencido.

(link da receita da Miss Kale: http://misskale.pt/creme-de-beterraba-e-lentilhas/ )

               Rico em ferro e vitamina C (que potencia a absorção do ferro), este creme revigorante para os dias ventosos e frios de outono, é uma fantástica explosão de sabores e nutrientes.



INGREDIENTES

200 gramas de lentilhas castanhas
2 cenouras
1 folha de louro
2 tomates maduros
2 dentes de alho
1 cebola roxa
2 beterrabas pequenas
1 fio de azeite
salsa e coentros para decorar
gengibre em pó
flor de sal qb
curcuma
caril
1 malagueta pequena
amêndoas laminadas para decorar
água


PREPARAÇÃO

Deitar um fio de azeite num tacho. 
Picar a cebola e o alho. Refogar até a cebola ficar translúcida. 
Cortar as cenouras, os tomates e as beterrabas em cubos pequenos. 
Adicionar a folha de louro e os legumes ao refogado. 
Temperar a gosto com sal, gengibre em pó, curcuma, malagueta e caril. 
Deixar apurar uns 5 minutos. 
Adicionar as lentilhas, mexer bem durante alguns minutos e tapar todos os ingredientes com bastante água. 
Deixar cozinhar aproximadamente 30 minutos em lume brando e se necessário adicionar mais água. Retirar o tacho do lume e triturar todos os ingredientes com a varinha mágica.
Torrar as amêndoas. Servir decorado com salsa e coentros picados e as amêndoas laminadas torradas.

domingo, 27 de setembro de 2015

Abram os vossos corações.



O equinócio de outono fazia-se sentir naquela manhã solarenga mas algo fria de final de verão. A luz intensa irradiava-me a alma, irrequieta e ansiosa pelo fim de semana de reencontro com um Eu repleto de sonhos e motivação. Passara os últimos meses a adiar objectivos e recomeços, num constante tumulto interno de incertezas e medos, que me assolavam o Ser.

Levei comigo toda a energia de um dia abençoado, o meu tapete pronto a se moldar aos meus pés e às minhas mãos algo desajeitados ainda, insuflei vigorosamente todos os meus alvéolos com a neblina tímida que se evaporava levemente da epiderme delicada da natureza vespertina e segui o meu caminho, finalmente. Finalmente.









Um felino ferido deu-me as boas vindas na quinta, esfregando o seu corpo frágil no meu, também ele frágil. Fragilizado por meses de descuido e distanciamento da prática, sinto-o a querer despertar forte da inércia e da desconexão que o tempo teimava em encorajar e enraizar.



Consigo hoje, passados já alguns dias, esboçar detalhadamente, os meus passos desapressados, naquela manhã calma e encantadora com essência a outono.

Uma ou outra folha bailava entre inspirações e expirações da mãe terra, deslizando vagarosamente pelo solo humedecido. Os animais entoavam mantras de sobrevivência, eu tocava-lhes a pele, numa busca gentil de conexão e gratidão.




Os raios de luz cintilantes acariciavam as águas prateadas, que ondulavam entre rodopios de cisnes deslumbrantes. Fiquei-me a aspirar todo este aroma mágico de Vida e de amor, moldura pitoresca que se abria pela janela do shala improvisado par estes dois dias.




A Filipa esperava-nos de coração aberto e de sorriso afável e apaziguante. Os seus olhos brilhavam entre beijos ternos, o Minho enfeitiça a quem o contempla.



Há muito que esperava conhecê-la, pela sua bonita história de vida, pela sua alma tão especial, pela sua dedicação plena ao yoga ashtanga vinyasa , por todos os bonitos textos, tão simples e tão puros, que partilhou e que eu li e reli vezes sem conta. Conhecê-la no lugar onde tenho as minhas raízes foi como que me enraizar à Vida, ao Yoga, ao Ashtanga, da forma mais bela e mais comovente possível, foi como que o toque de determinação que me faltava para recomeçar esta caminhada, de coração aberto.

Agradeço todos os dias por ter tomado esta feliz decisão, por ter seguido o meu coração, como me disse um dia em conversa a minha amiga Ana. Permitiu-me conhecer pessoas com um grande coração e que, por alguma razão, precisavam de se conhecer para seguirem os seus percursos de vida. Todas elas são especiais e se complementam, todas elas procuram o mesmo caminho mesmo que por motivos distintos e necessitavam de esta cumplicidade, partilha e ligação para prosseguirem. Todas elas têm um lugar especial no meu coração. Espero que não demoremos a nos reencontrar, fisicamente, porque o que nos une é bem maior.




Iniciámos a prática calmamente, sem pressas, com o sol a aquecer o chão do shala. Dedicada, a Filipa conduziu os nossos corpos numa conexão divina de devoção. Quem inicia esta caminhada fá-lo despido de preconceitos ou estereótipos, purificando-se de uma sociedade sem valores e sem genuinidade. Fá-lo por si e pelo outro, fá-lo em liberdade e em desapego, fá-lo sem procurar reconhecimento ou grandiosidade. Grande é o que está para lá da prática, o samadhi.

Há quem solte lágrimas durante alguns asanas, pela emoção que emanam, há quem sorria, há quem sinta o suor a deslizar pela face e as gotículas a aglomerarem-se em pequenos charcos em frente ao tapete, há quem irradie serenidade durante o samasthiti, há quem se deixe levitar durante o shavasana, há quem sussure mantras e há quem os os entoe com devoção, há quem se deixe embalar pelo som do mar durante o ujjayi pranayama. As emoções são diferentes para cada Ser, somos todos tão únicos mas é esta certeza que torna a prática tão genuína. E que todos abriram os seus corações.

Partilhámos alegres conversas, chás e deliciosas refeições. Ouvimos deleitados os conhecimentos da Filipa sobre Ayurveda e alimentação yogi, doshas, sonhos e medos, como manter a regularidade da prática, os obstáculos à mesma e quando praticar, a tão importante hora néctar, os seus "daily essentials", o sadhana e os oito passos do Ashtanga segundo Patanjali, meditamos e ecoámos mantras. Mantras esses que ainda ecoam na minha mente.



"Eu entrego, eu confio, eu aceito e eu agradeço". Professoe Hermógenes




"OM

BHUR BHUVAH SVAH
TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAHDHIYO YO NAHA PRACHODAYAT" Gayatri Mantra




"May you be well.
May you be happy.
May you be free from suffering.
And all the causes of suffering.
May you know happiness.
May you be well.
May you be happy."




"Abram os vossos corações" Filipa

Obrigada, Filipa e a todos que fizeram e fazem parte desta bonita jornada!

Namaste


terça-feira, 9 de junho de 2015

Noodles de arroz com acelgas e tofu

INGREDIENTES

100 gramas de noodles de arroz
2 cenouras pequenas
150 gramas de tofu
sementes de sésamo
um punhado de amendoins torrados
5-6 folhas grandes de acelgas
1/2 cebola
2 colheres de sobremesa de óleo de coco
soyu a gosto



PREPARAÇÃO



- Numa frigideira, adicionar duas colheres de óleo de coco. Cortar a cebola em juliana, adicionar ao óleo e deixar alourar.

- Ralar as cenouras e adicionar à cebola, quando esta estiver translúcida. Deixar cozinhar 5 minutos. 

- Cortar o tofu em cubos. Adicionar à frigideira. Juntar o soyu. Cozinhar mais 5 minutos.

- Cortar as acelgas em tirar e adicionar ao tofu. Cozinhar 10 minutos em lume brando.

- Cozer em água os noodles durante 5 minutos. Escorrer a água e adicionar à frigideira e misturar todos os ingredientes para encorparem o sabor do soyu.

-  À parte, torrar as sementes de sésamo. 

- Numa taça, adicionar os noodles com os legumes e o tofu, juntar os amendoins e as sementes de sésamo.



sábado, 23 de maio de 2015

ILHA TERCEIRA, AÇORES: 10 lugares incríveis para visitar


     



         Já imaginou, numa imensidão de azul do Oceano Atlântico, nove pequenos mundos de pura Natureza? Um presente de origem vulcânica da Mãe Terra, de gentes simples e afáveis,  e de tradições únicas e peculiares? Respire serenamente, feche os olhos e venha comigo perder-se nesta viagem mágica pelo verde imenso do Arquipélago dos Açores.

        Os Açores localizam-se no Atlântico Nordeste e são uma Região Autónoma da República Portuguesa. No plano lendário, associam-se à mítica e extinta Atlântida, citada por Platão. Historicamente, constituíram uma escala importante para as expedições dos Descobrimentos, quer para a Índia quer para o Brasil, bem como para o Norte de África. Foi também um local estratégico de apoio às Forças Aliadas durante as duas grandes Guerras Mundiais. O descobrimento do Arquipélago permanece algo controverso, no entanto, sabe-se que se iniciou o seu povoamento em 1432 com portugueses vindos do continente e posteriormente por outros europeus e norte-africanos. 

Integra a região biogeográfica da Macaronésia e as suas ilhas distribuem-se por três grupos distintos:




Grupo Ocidental
Corvo
Flores

Grupo Central
Faial
Graciosa
Pico
São Jorge
Terceira


Grupo Oriental
Santa Maria
São Miguel


                 Os Açores encontram-se situados na zona de interacção das placas tectónicas euro-asiática, norte-americana e africana. Ao longo de milhares de anos, as atividades sísmica e vulcânica delinearam um território peculiar e sublime, sendo cada ilha ímpar e singular, cuja identidade, de traços tão distintos, as torna inconfundíveis... e inesquecíveis: os fósseis de Santa Maria; as lagoas de São Miguel; as grutas da Terceira; os cones da Graciosa; as fajãs de São Jorge; a Montanha do Pico; o vulcão dos Capelinhos no Faial, as cascatas das Flores e o Caldeirão do Corvo.

           A atividade vulcânica dos Açores teve a sua última erupção terrestre no Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial, em 1957-1958 e no mar, ao largo da Serreta, na Ilha Terceira, em 1998-2000.

          Os Açores apresentam uma riqueza natural inestimável, um verdadeiro santuário de biodiversidade e geodiversidade, um lugar de eleição para os amantes de Turismo de Natureza e Sustentabilidade. Possuem uma extensa lista de parques e reservas naturais, áreas e espécies protegidas, muitas delas endémicas. Várias espécies de aves marinhas migratórias repousam das longas viagens intercontinentais nos solos açorianos. No Oceano, diversas espécies de cetáceos e peixes cruzam os seus mares e inúmeras colónias de moluscos e crustáceos vivem nas zonas costeiras. 

                 Agucei a sua curiosidade? Os Açores são tão fascinantes que a lista de coisas incríveis para fazer é infinita. Aventure-se e apaixone-se por estes pequenos paraísos do Atlântico profundo.

                 
                 Visitei há uns tempos a Ilha Terceira e é sobre ela que vou escrever. Mas, é claro, a beleza distribui-se por todas as ilhas e vale uma visita relaxada a cada uma delas. Demore-se o tempo que quiser, a apreciar o que de mais abençoado existe no planeta.
Segue uma lista das dez coisas mais incríveis para fazer nesta ilha, onde a natureza convive em perfeita harmonia com o Homem e o Mar. 


1. Visite o Algar do Carvão e a Gruta do Natal





            
Já se imaginou dentro de um vulcão extinto? Isso é possível ao visitar o Algar do Carvão. Consiste numa notável chaminé vulcânica, que ao contrário do que geralmente se verifica, não se encontra totalmente obstruída. Possui uma enorme cratera que termina numa lagoa de águas límpidas, alimentada por infiltrações pluviais. As paredes interiores das duas abóbadas apresentam estalactites e estalagmites de sílica, de cor branca, sobre a lagoa e avermelhadas, ricas em minerais férricos, sobre o "palco". O cone, por onde entra a única luz natural, é recoberto por uma exuberante vegetação verdejante. A importância geológica desta cavidade vulcânica tem sido assinalada por diversos especialistas nacionais e internacionais. É o único vulcão extinto visitável em toda a Europa.

           A Gruta do Natal, um tubo de lava de 700 metros, encontra-se situada em frente à bonita Lagoa do Negro, local sereno e apaziguador, que também merece uma visita.


2. Trilhe a Serra de Santa Bárbara e os Mistérios Negros







            O Trilho dos Mistérios Negros inicia-se junto à Lagoa do Negro e às Grutas de Natal e é encantador. Através do seu trajecto é possível contemplar diferentes tipos de vegetação. O percurso inicia-se numa zona de verdes prados e os metros seguintes percorrem-se entre pinhais e lagoas. Segue-se uma floresta encantada de troncos entrelaçados, flora endémica luxuriosa, fetos verdejantes e musgos humedecidos pela chuva.  Um percurso mais sinuoso entre formações rochosas de lava recente, escura, despidas de vegetação e que dão o nome ao trilho, leva-nos a contemplar, do alto, a paisagem circundante. O trilho não é fácil mas vale todo o esforço despendido.

            Do Alto da Serra de Santa Bárbara, a mais de mil metros de altitude, é possível apreciar a vista maravilhosa, sobre a ilha e sobre o mar.


3. Mergulhe nas piscinas Naturais dos Biscoitos





              Nos Biscoitos, o mar originou piscinas naturais, de cor negra intensa, e de origem vulcânica.  O basalto da paisagem costeira, derivado da lava seca, é apelidado pelos terceirenses de "biscoito" e é uma analogia a pão que era transportado pelos marinheiros e que para aguentar as longas viagens, era cozido duas vezes. 


4. Aprecie a vista desde o Miradouro das Veredas





          O Miradouro das Veredas localiza-se na freguesia de Terra Chã e permite apreciar a vista maravilhosa sobre o Monte Brasil, o mar e o Vulcão da Serra de Santa Bárbara. 


5. Deslumbre-se com a vista desde o Miradouro da Serra do Cume





          Os Miradouros da Serra do Cume localizam-se no topo da Serra do Cume, no concelho da Praia da Vitória. Oferecem das mais belas paisagens da ilha: de um lado, a baía da Praia da Vitória e a Base Aérea das Lajes e do outro, a grande planície do interior da ilha, conhecida por "manta de retalhos", com o seus típicos "cerrados" de pastagem, divididos por muros de pedra vulcânica e por bucólicas hortênsias. Esta planície estende-se por 15 km e representa a caldeira de um vulcão primitivo.


6. Encante-se com o centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo, Património da Humanidade e a vista desde o Monte Brasil 



            Angra do Heroísmo foi classificada Património da Humanidade pela UNESCO devido à sua riqueza histórica, cultural e patrimonial. Perca-se pelas suas belas ruas e aprecie a arquitectura imponente e colorida das suas casas e igrejas. 
            A península do Monte Brasil é um antigo vulcão extinto, que teve origem no mar e se juntou à cidade de Angra do Heroísmo. É composto por uma caldeira rodeada por quatro picos. Atualmente é uma Reserva Florestal pois mantém parte da flora original. Do seu alto vislumbra-se a cidade, os Ilhéus das Cabras, parte da zona costeira sul e em dias de céu limpo, a Ilha de São Jorge e a Ilha do Pico. A Fortaleza de São João Baptista, fortificada sobre o Monte, defendeu em tempos a cidade dos ataques de piratas. 

7.        Maravilhe-se com a beleza natural e selvagem das Lagoas da ilha





           As lagoas da Terceira são pequenas mas encantadoras. Algumas delas, apenas são acessíveis através de longos e íngremes trilhos através da mata nativa. Sente-se o cheiro a terra humedecida pelas frequentes chuvas sazonais, respira-se a neblina matinal que paira sobre os musgos que tapiçam as encostas. Pelos troncos avermelhados de árvores imponentes, discorrem pequenas gotículas de vida cristalina. A lama absorve as pegadas, as aves agitam-se e a vegetação densa baila à procura da fugaz luz do sol. O silêncio despe a alma de toda a nossa humanidade, as águas serenas reconfortam e iluminam o nosso coração com gratidão

8.        Encante-se com a Caldeira Guilherme Moniz







            A Caldeira Guilherme, com 15 km de perímetro, é um antigo vulcão extinto e possui a maior cratera existente no arquipélago dos Açores. Esta caldeira alberga o maior reservatório de água da ilha. No passado, encontrava-se neste local uma lagoa cujas águas foram cobertas pela erupção do Algar do Carvão. O seu interior é hoje um enorme prado verde, recoberto por extensas áreas de vegetação e de pastagens de gado. Pela sua riqueza natural, a flora endémica da região encontra-se protegida por lei.
                  Visite também as Furnas de Enxofre, através do trilho existente. O cheiro intenso e os fumos que se soltam criam uma bruma mítica e misteriosa, onde o verde torrado da vegetação se mesla com a cor vermelha da terra.


9.          Relaxe numa casa tradicional e delicie-se com um picnic nos prados verdes e pitorescos da lha







               Existem inúmeras alternativas apaziguantes e relaxantes para apreciar o leve fluir dos dias na Ilha Lilás, assim designada pela quantidade de hortênsias que nela florescem no verão. São pequenas casas rurais, com paredes de basalto negro e janelas e portas pintadas de branco ou com cores vibrantes. Permita-se descansar ao som da natureza verdejante que se deixa acariciar pela brisa marítima, pelo mujir irreverente de bovinos pachorrentos deliciados na imensidão dos prados, pelo cacarejar de galos e galinhas que alegremente se exibem perante o sol majestoso que renasce. Deixe-se encantar pela simplicidade das suas gentes afáveis e por uns dias, sinta o paraíso a entrar em si.


10.        Observe os cachalotes e as baleias e mergulhe com golfinhos


             Decorreram mais de 30 desde a proibição da caça da baleia, e ainda bem. Hoje, observam-se, contemplam-se, respeitam-se. São 27 espécies de cetáceos, residentes ou migratórias, que podem ser avistadas nos Açores, o que corresponde a cerca de um terço do total das existentes no mundo. São cachalotes, baleias de barba e golfinhos, entre outros. O avistamento de um destes seres é um momento mágico, indescritível e que fica na memória de quem o vive. Os Açores são um ecossistema único e um dos maiores santuários de baleias do mundo. Preservação é hoje o novo significado dado ao antigo grito dos baleeiros: "Baleia à vista!".